Trabalham com os mesmos produtores há anos, alguns desde o início, no tempo do pai: “eu e o meu pai tratamo-los basicamente por tu. É tudo empresas nacionais e familiares, como a nossa. São produtores pequenos e consegue-se ver melhor relação de tudo -- de confiança, de fornecimento.”
Os cortadores, cada vez mais raros, também trabalham com os Machado há vários anos. Uma vez, conta Miguel entre risos, ficaram a beber uns copos depois do trabalho, e um deles, “com a pingazinha”, levou os sapatos do colega todo o fim-de-semana, apercebendo-se do erro apenas quando os seus colegas o apontaram na segunda-feira seguinte.
E assim vão passando os anos no Talhos Machados, por entre a carne e o trabalho, as brincadeiras e as peripécias. Afinal de contas, como diz Miguel, o trabalho de um cortador é bastante duro. E nem só de trabalho é feito o homem.